Ex-aluno vira professor no mesmo campus do IFPB onde iniciou os estudos
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Mateus Assis Máximo de Lima
Reprodução / IFPB
Mateus Assis Máximo de Lima atravessou os portões do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) pela primeira vez como aluno, ainda adolescente. Há dez anos, porém, a situação se inverteu, e ele volta todos os dias para o mesmo espaço, mas do outro lado da sala: como professor.
A ligação dele com a instituição começou antes mesmo de sua matrícula. O pai foi estudante da antiga Escola Industrial da Paraíba, e anos depois Mateus ingressou no pró-técnico, etapa que preparava estudantes da oitava série para os cursos técnicos da Escola Técnica Federal da Paraíba (ETFPB), que mais tarde se transformou no atual IFPB.
Matheus com o pai e irmão, que também estudaram no IFPB.
Reprodução / IFPB
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E as amizades daquela época também se transformaram em caminhos de vida, muitos deles também professores universitários do IFPB. “Meu cotidiano era muito rico, tinha muitos amigos que, aliás, são meus amigos até hoje, tenho contato com a maioria deles”, lembrou.
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'Eu sempre gostei de ensino, mas não me imaginava professor'
Apesar do envolvimento com ensino, Mateus não pensava em ser professor de imediato. O interesse surgiu ao longo da carreira em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), na época em que trabalhava em projetos com empresas e multinacionais.
“Eu sempre gostei de ensino, mas não me imaginava professor. Fui professor mais tardiamente, comparando com outros colegas. Mas, sempre trabalhei em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Desde a universidade, já trabalhava em projetos com grandes empresas e multinacionais”, disse.
Depois de mais de uma década nessa área, decidiu mudar de direção. Em 2015, ingressou como docente no IFPB e, no ano seguinte, criou junto com colegas o "Assert", um grupo de pesquisa aplicada que até hoje conecta estudantes e empresas.
Hoje, Mateus dá aulas nos cursos superiores de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Automação Industrial. Para ele, o fato de ter sido aluno do mesmo espaço ajuda na aproximação com os estudantes.
“Já gera uma identificação das pessoas. Hoje compreendo a realidade de muitos, porque ou era a minha ou era a realidade dos que conviveram comigo. Consigo traçar um paralelo, vamos dizer assim, fazer um histórico da instituição”, relatou.
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