Fraude em pôquer nos EUA com astros da NBA envolvia câmeras, óculos especiais e raio-x

  • 26/10/2025
Os truques de quadrilha que manipulava jogos de pôquer nos EUA Esta semana, nos Estados Unidos, o FBI - a Polícia Federal americana - prendeu ao menos 30 pessoas na quinta-feira (23) por suspeita de aplicar golpes em apostas esportivas e jogos de pôquer. Um esquema ilegal, que poderia estar num roteiro de Hollywood. Mas que causou prejuízos de verdade. Em salas nos Estados Unidos, aconteciam partidas amadoras de pôquer. Com jogadores seduzidos pela chance de faturar milhões de dólares. Só que não era uma disputa comum. Havia uma série de truques para favorecer os golpistas. Câmeras eram escondidas em vários lugares, como, por exemplo, em luminárias. Os criminosos também usavam óculos especiais. Que permitiam ver marcas nas cartas dos adversários que não eram visíveis para os outros jogadores. A fraude ainda incluía um aparelho de raio-x instalado na mesa. Assim, os golpistas conseguiam ver cartas dos rivais mesmo que estivessem viradas pra baixo. E para tornar o jogo mais atraente para as vítimas, a quadrilha contava com "iscas". Estrelas de um dos esportes mais populares do planeta. O jogador Terry Rozier, do Miami Heat, e o técnico do Portland Trail Blazers, Chauncey Billups, os dois da NBA, estavam entre os presos por envolvimento em manipulação de apostas esportivas e fraudes no pôquer. Mas, segundo o diretor do FBI, eles não agiram sozinhos. "Também levamos à justiça a organização 'Cosa Nostra', incluindo as famílias Bonanno, Gambino, Genovese e Lucchese", afirma Kash Patel, diretor do FBI. A "Cosa Nostra" é um grupo formado por cinco famílias que migraram do sul da Itália para os Estados Unidos no fim do século XIX. Desde então, elas se espalharam em vários setores da sociedade americana. Especialmente, na região de Nova Iorque. O Fantástico conseguiu com exclusividade uma entrevista com um homem conhecido por ser ex-integrante da Cosa Nostra. Ele conta que fez parte da máfia italiana por 10 anos, cumpriu 13 anos de cadeia e está solto há oito. "A máfia se infiltra em vários esportes há mais de cem anos. Ela usa os atletas para que os resultados coincidam com suas apostas. E, quando um jogador se envolve com a máfia, acaba fazendo tudo o que a máfia quer dele”, afirma Louis Ferrante. Ferrante não se surpreendeu com as denúncias dessa semana. E nem mesmo com a tecnologia usada pelos criminosos para enganar jogadores de pôquer. "Eu conheço alguns dos indiciados. Eles não sabem nem consertar os próprios computadores. Mas eles vão atrás de quem entende de tecnologia. E sabem muito bem como usar as pessoas a seu favor", afirma. No Brasil, torneios de pôquer são cada vez mais populares. E contam com nomes famosos. Como, por exemplo, o atacante Neymar. Rafael Moraes, jogador profissional, garante que, nas grandes competições, o nível de segurança é altíssimo. "Pouquíssimas pessoas têm acesso aos baralhos do evento, pouquíssimas pessoas têm acesso às fichas do evento. Existe um procedimento de embaralhamento manual que ele tem que ser estritamente seguido. Você tem câmeras de segurança em todas as mesas", conta Moraes. "Em todo jogo que envolve competição e que envolve dinheiro vai ter gente tentando trapacear e por isso os procedimentos são essenciais para a segurança e para a credibilidade do jogo." Fraudes em apostas Em 2023, foi descoberto um esquema milionário de fraudes em apostas no futebol brasileiro. Jogadores, inclusive da série A do Campeonato Brasileiro receberam suspensões. Cinco atletas foram banidos do esporte. O caso do jogador da NBA Terry Rozier, preso essa semana, foi muito parecido. Aconteceu em 2023, quando ele jogava pelo Charlotte Hornets. "Rozier avisou que sairia do jogo nos primeiros minutos alegando uma suposta lesão. Sabendo disso, integrantes do grupo apostaram mais de 200 mil dólares de que atuação dele seria abaixo do esperado", contou a comissária de polícia Jessica Tisch. Terry Rozier foi libertado após entregar seu passaporte. E oferecer um imóvel como garantia da fiança de US$ 6 milhões. A outra estrela presa, o técnico Chauncey Billups também foi solto. Mas o valor da fiança não foi divulgado. Billups disse que vai provar sua inocência. Enquanto isso não acontece, um brasileiro foi pro lugar dele no Portland Trailblazers. O ex-jogador Tiago Splitter fez história ao estrear nesta semana. Ele é o primeiro técnico brasileiro a comandar um time da NBA. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida.

FONTE: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/10/26/fraude-em-poquer-nos-eua-com-astros-da-nba-envolvia-cameras-oculos-especiais-e-raio-x.ghtml


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