Gato é baleado com arma de pressão e fica com projétil alojado na pata em Porto Velho

  • 05/07/2025
(Foto: Reprodução)
Pierre passou por cirurgia de emergência para retirada do projétil. Especialista alerta que ferimentos desse tipo, quando não tratados rapidamente, podem gerar complicações. Pierre vítima de atentado com arma de pressão em Porto Velho Reprodução/acervo pessoal Um gato foi atingido por um disparo de arma de pressão em Porto Velho e precisou passar por uma cirurgia de emergência na sexta-feira (4) para a retirada do projétil. O animal, chamado Pierre, costumava sair de casa para passeios, segundo o tutor, José Antonio Trindade. Ao g1, José contou que a história com Pierre começou há cerca de um ano, quando o gato apareceu em sua casa pedindo comida. Mesmo já tendo uma cadela, a família decidiu adotá-lo. A convivência entre os dois animais foi difícil nos primeiros quatro meses, mas, com o tempo, eles passaram a se dar bem. Quando Pierre retornou ferido após um passeio, o tutor acreditou que o machucado havia sido causado por outro animal. No entanto, como o gato não apresentou melhora após dois dias, ele foi levado a uma clínica veterinária na quinta-feira (3). Exames de raio-x revelaram que havia uma bala de arma de pressão alojada na pata traseira esquerda. Bala que ficou alojada no Pierre, vítima de atentado com arma de pressão em Porto Velho Reprodução/acervo pessoal Diante da gravidade, Pierre precisou passar por uma cirurgia delicada para a remoção do projétil. O procedimento foi realizado pela médica veterinária Micheli Dutkievicz, que informou que, apesar da complexidade, o animal está estável, em recuperação e apresenta melhora significativa. O tutor informou que vai registrar um boletim de ocorrência para que o caso seja investigado pela polícia. Segundo ele, o episódio causou preocupação na vizinhança. “Não gostar de animais é normal, mas machucá-los é selvageria. Providências serão tomadas. Afugente os pets, mas não os violente. A selvageria pode atingir outros animais, não só o meu”, desabafou José Antonio. Casos incomuns A médica veterinária contou que casos como esse não são comuns, mas já atendeu outras ocorrências envolvendo disparos de armas contra animais. Segundo ela, a maioria é provocada por armas de pressão, como espingardas de chumbinho. “O projétil é pequeno e, dependendo da força do impacto, pode atravessar músculos ou se alojar em ossos. Pelo formato e pela imagem no raio-x, conseguimos diferenciar o tipo de arma usada. Armas de fogo causam ferimentos bem mais destrutivos”, explicou Micheli. A médica alertou que ferimentos desse tipo, quando não tratados rapidamente, podem gerar complicações como infecções, necroses, fraturas, hemorragias internas, comprometimento neurológico e, em casos graves, até a morte. Além do impacto físico, o trauma psicológico e o sofrimento prolongado também são fatores de risco. “Sou totalmente contra. Mesmo sendo consideradas “não letais”, elas causam ferimentos graves e são frequentemente usadas de forma irresponsável. Em áreas urbanas, representam risco não apenas para animais, mas também para pessoas. Precisamos discutir a regulamentação e a conscientização sobre o uso dessas armas”, alerta Micheli. Prevenção e cuidados Micheli recomenda que tutores que criam gatos soltos invistam em espaços controlados com atrativos dentro de casa ou em áreas seguras, como locais telados ou com “gatificações” (estruturas projetadas para o bem-estar dos felinos). “Dessa forma, é possível oferecer qualidade de vida ao animal sem expô-lo a riscos externos”, orientou. Como denunciar Especialistas reforçam que, em casos como esse, é fundamental registrar um boletim de ocorrência e apresentar o laudo veterinário como prova. Imagens, exames de raio-x e relatórios médicos são documentos importantes para a investigação. A denúncia pode ser feita em qualquer delegacia ou em unidades especializadas em crimes contra o meio ambiente. Veja notícias de Rondônia

FONTE: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/07/05/gato-e-baleado-com-arma-de-pressao-durante-passeio-em-bairro-de-porto-velho.ghtml


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