Juliette lamenta morte de colega assassinada pelo ex: 'Queria muito que ela tivesse pedido ajuda'
11/07/2025
(Foto: Reprodução) Artista chegou a dividir apartamento com a enfermeira Clarissa Costa Gomes, vítima de feminicídio. Juliette classificou Clarissa como 'uma menina estudiosa, educada e doce'. Juliette lamenta morte de enfermeira que foi assassinada pelo ex em Fortaleza
A cantora e ex-BBB Juliette Freire lamentou a morte da enfermeira Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, assassinada pelo ex-companheiro na última quarta-feira (9), em Fortaleza. O suspeito foi capturado pela polícia e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.
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"Nunca teve um indício de violência, não teve uma gradação, simplesmente hoje a gente acorda com uma notícia dessa. Então assim, é todo mundo se perguntando, será que essa gente não viu, não percebeu, não teve nenhum pedido de socorro, alguma coisa? Se você tiver uma relação minimamente violenta, não permaneça, peça ajuda, a gente queria muito que ela tivesse pedido ajuda pra gente conseguir evitar isso", disse Juliette, emocionada em um vídeo publicado em sua rede social.
Juliette lamenta morte de colega assassinada pelo ex
Instagram/Reprodução; Arquivo pessoal
Segundo a artista, a vítima era amiga de infância de Monalisa, uma amiga em comum com quem a ex-BBB dividiu apartamento na Paraíba, durante a juventude.
"Convivi com Clarissa, uma menina maravilhosa, era o primeiro namorado dela. Uma menina estudiosa, educada, doce, enfermeira neonatal, cuidava dos bebezinhos, a gente nunca soube de absolutamente nada, se era um relacionamento tóxico", afirmou a artista.
Juliette concluiu o assunto pedindo que as vítimas de violência busquem ajuda e denunciem os casos.
"Quero alertar todo mundo que está vivendo uma situação minimamente semelhante, não deixe isso acontecer, não é brincadeira".
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'Profissional dedicada'
Clarissa Costa era enfermeira de neonatologia e trabalhava em hospitais públicos de Fortaleza
Arquivo pessoal
Clarissa era formada em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e trabalhava como enfermeira em dois grandes hospitais públicos da capital cearense: o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Dr. César Cals.
A jovem era especializada na área de neonatal - voltada para recém-nascidos - e, conforme amigos relataram ao g1, ela estava prestes a iniciar um novo trabalho no Hospital Universitário do Ceará (HUC) e na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC).
Matheus Anthony Lima Martins Queiroz foi preso por matar a ex-companheira, a enfermeira Clarissa Costa Gomes, em Fortaleza.
Arquivo pessoal
"Ela sempre foi estudiosa, correta e muito pacata. Moça inteligente, simpática e amável", disse um amigo ao g1. "Desde criança nunca gostou de nada que fugisse do correto. Teve uma mãe extremamente presente que a amava e cuidava dela em toda etapa da vida".
A enfermeira namorava a pouco mais de um ano com o técnico em gestão ambiental Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos, suspeito do crime. Os dois se conheceram na igreja. O homem não aceitava o fim do relacionamento
Prisão preventiva
Suspeito de matar enfermeira tem prisão preventiva decretada
Clarissa foi morta na casa em que morava com a mãe, no Bairro Jardim Cearense. No momento do crime, ela estava sozinha com o agressor.
Após matar a vítima, Matheus Anthony fugiu do local. Ele foi capturado por policiais civis horas após o crime, em um condomínio residencial na Rua Sebastião de Abreu, no Bairro Maraponga.
Após a prisão, o homem foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante por feminicídio.
Durante a Audiência de Custódia, realizada nesta quinta-feira (10), o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Na ocasião, Matheus alegou sofrer de transtornos psiquiátricos e episódios de epilepsia. O juiz manteve a prisão, mas determinou que o homem passasse por uma avaliação médica.
"A gravidade em concreto da conduta atribuída ao flagranteado é bastante elevada, pois há indícios de que praticou o crime de feminicídio, contra pessoa com a qual encontrava-se em relacionamento afetivo, dentro de sua própria residência, havendo indicativos de agressões em sequência, contra as quais a vítima gritava insistentemente buscando apoio dos vizinhos. Essa circunstância imprime especial censurabilidade ao fato e revela acentuado risco social", diz um trecho da decisão do juiz de Direito.
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