Prefeito de Barrolândia diz que vai lutar pelo mandato após decisão que cassou diploma: 'Não vou ser afastado'

  • 08/07/2025
(Foto: Reprodução)
A Justiça cassou os mandatos do prefeito e vice-prefeito de Barrolândia, além de tornar ilegelível o ex-prefeito da cidade. Os três são suspeitos de terem trocado benefícios por votos nas eleições de 2024. Prefeito de Barrolândia fala sobre cassação de mandato após decisão da Justiça Eleitoral O prefeito de Barrolândia João Machado Alves (União) publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que não será afastado e pretente lutar pelo mandato. A declaração foi feita após a Justiça cassar o diploma de prefeito por causa de um suposto abuso de poder político e econômico. Além dele, o vice-prefeito Neusimar dos Reis (Republicanos) também teve o mandato cassado e o ex-prefeito da cidade Adriano José Ribeiro foi declarado inelegível por oito anos. "Tenho certeza que eu vou continuar no meu mandato, não vou ser afastado, vou continuar trabalhando e lutando por vocês. Do mesmo jeito que nós ganhamos as eleições, eu tenho certeza que nós vamos ganhar também na segunda instância lá em Palmas", disse. O advogado Márcio Gonçalves, que faz a defesa do prefeito e vice, informou que irá recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O prefeito João Machado publicou vídeo nas redes sociais após a cassação de mandato João Machado Alves/Instagram/redes sociais Em entrevista ao g1, o prefeito afirmou que está tranquilo após a cassação e que está sendo culpado por algo que ocorreu na gestão anterior. Ele também negou ter trocado benefícios por votos durante as eleições de 2024. "Eu estou tranquilo, não devo nada. Eu estou sendo culpado pela a gestão passada, quem fez o concurso não fui eu. Eu estou com a cabeça erguida e estou trabalhando normal, continuando o meu trabalho e tocar o barco à frente. Isso e tudo é armação. Não fiz nenhum benefício com ninguém, toquei minha campanha limpa sem fazer nada com ninguém, nem comprei voto de ninguém, nem trabalhei para ninguém. Isso é adversário político que perdeu e não reconhece a derrota". A defesa do ex-prefeito de Barrolândia, Adriano José, informou que irá se manisfestar nos autos. A direção do União Brasil no Tocantins informou que tomou ciência sobre a decisão da Justiça, mas que discorda dos "fundamentos jurídicos adotados". O partido ainda afirmou que "reitera sua convicção de que o processo eleitoral no município de Barrolândia transcorreu em estrita conformidade com a legislação vigente" (veja nota completa abaixo). LEIA TAMBÉM Justiça eleitoral cassa mandatos de prefeito e vice-prefeito por suposto abuso de poder político e econômico Prefeito afastado de Palmas sofre infarto enquanto estava preso em quartel da PM Benefícios em troca de votos A decisão que cassou os mandatos do prefeito e vice-prefeito foi assinada pelo juiz eleitoral da 28ª Zona Eleitoral de Miranorte, Ricardo Gagliardi, no dia 4 de julho de 2025. Segundo o documento, os três investigados teriam trocado benefícios por votos nas eleições de 2024. Adriano José Ribeiro, João Machado Alves (UB) e Neusimar dos Reis (Republicanos) TSE/Divulgação Esses benefícios envolviam contratação temporária no município, aprovação no concurso público às pessoas de interesse dos investigados, distribuição de dinheiro, auxílio por meio de tratamento médico, oferta de imóvel, ajuda para ir até o local de votação, transferência fraudulenta de domicílio eleitoral e dinheiro em troca de afixação de adesivos em veículos. O juiz também afirmou na decisão que no ano da eleição houve um aumento no quadro de funcionários do município e que a mudança não teve "qualquer justificativa salvo a busca por angariar apoio político junto ao eleitorado". Conforme o documento, em 2023 a prefeitura tinha 158 funcionários e no ano seguinte passou para 227 pessoas. Segundo a decisão, a contratação desses funcionários indicou um capital político que teria influenciado nas eleições. "Trata-se de município bastante dependente da agropecuária, que não consegue empregar grande número de trabalhadores, em razão da inexistência de postos de trabalho para empregar todos da população economicamente ativa do município. Isso torna as pessoas reféns da classe política local, que faz uso da oferta de emprego na Administração Pública Municipal como moeda de troca, no momento de buscar votos e, consequentemente, perpetuando-se no poder", afirmou o juiz. Dois vereadores também foram investigados no processo. A Justiça negou o pedido de cassação do mandato deles "por ausência de provas robustas que demonstrem a participação direta ou indireta dos referidos candidatos na prática dos ilícitos eleitorais". Íntegra da nota do União Brasil A Direção Estadual do União Brasil declara ter tomado ciência da respeitável decisão proferida pelo Juízo da 28ª Zona Eleitoral. Em que pese o apreço e respeito à judiciosa atuação do magistrado prolator, a legenda manifesta sua discordância em relação aos fundamentos jurídicos adotados. O União Brasil reitera sua convicção de que o processo eleitoral no município de Barrolândia transcorreu em estrita conformidade com a legislação vigente, assegurando a legitimidade do pleito. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

FONTE: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/07/08/prefeito-de-barrolandia-diz-que-vai-lutar-pelo-mandato-apos-decisao-que-cassou-diploma-nao-vou-ser-afastado.ghtml


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