Rima Santarém 2025 encerra com praça lotada e consagra o hip hop como potência cultural da Amazônia

  • 19/10/2025
(Foto: Reprodução)
Rima Santarém 2025 encerra com praça lotada Divulgação O ritmo, a poesia e a energia do hip hop tomaram conta da Praça do Mascotinho, em Santarém, no oeste do Pará, sábado (18), durante o encerramento da terceira edição do Rima Santarém 2025. Em uma final eletrizante que empolgou o público, o MC Th o Panda conquistou o título de campeão, ao vencer Th Relikia em uma disputa marcada por talento, amizade e respeito, um verdadeiro espetáculo de cultura urbana na Amazônia. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp Com o tema “Edição 093”, em referência ao DDD da região, o projeto reafirmou o hip hop como expressão de identidade, resistência e transformação social. Em formato independente, o evento expandiu sua atuação para cidades como Aveiro, Monte Alegre e Itaituba, que sediaram seletivas regionais. Coordenado por Kau Silva, o Rima Santarém foi contemplado pelo Edital Criação da Lei de Incentivo Aldir Blanc, do Governo do Pará, consolidando-se como uma das principais ações culturais do cenário amazônico contemporâneo. Mais do que uma competição, o festival se firmou como um movimento de oportunidades e pertencimento, oferecendo aos jovens das periferias amazônicas um espaço de expressão e novas possibilidades de futuro. “A vitória é algo que a gente almeja, mas não é prioridade, é consequência do nosso trabalho. O hip hop do 093 está crescendo, e fazer parte disso é uma sensação incrível. Estou muito feliz por ter participado desse grande evento, que tem dado visibilidade e protagonismo pra gente,” afirmou Th o Panda, emocionado. O vice-campeão Th Relikia também comemorou com entusiasmo. “Foi muito bacana. A gente já se enfrenta nas batalhas de rua, e competir no Rima tem um peso diferente. Hoje ele levou a melhor, mas estou muito feliz, porque a conquista dele também é uma conquista minha,” completou. A batalha final reuniu oito MCs classificados a partir de cinco seletivas locais, Batalha da SS, Batalha do Operário, Batalha da Trincheira, Batalha da Quebra e a Seletiva de Cotas Afirmativas, voltada a mulheres, pessoas LGBTQIAPN+, quilombolas, ribeirinhos e indígenas. O confronto mostrou que o Rima é, mais do que uma disputa, uma celebração da diversidade e da força da juventude periférica. Entre as apresentações, a dançarina Moriá Ômega emocionou o público ao destacar o papel da dança urbana no movimento. “A dança faz parte de mim. Sou muito grata aos meus amigos que me encorajam a participar desse evento, que dá visibilidade à cultura urbana. A dança deve ser mais reconhecida, e iniciativas como essa precisam acontecer mais vezes.” Kau Silva fala sobre o Rima Santarém 2025 Para a coordenadora Kau Silva, o encerramento coroou um ciclo de aprendizado e transformação. “Conseguimos lotar a Praça do Mascotinho com um verdadeiro show de cultura hip hop. O Rima traz todos os pilares, dança, rima e música, e está criando um legado para as futuras gerações. Queremos que as crianças tenham protagonismo e possam consumir essa arte por meio de novos projetos e oficinas. O Rima é um evento de pessoas, e sempre será sobre pessoas.” A final foi transmitida ao vivo pelo canal oficial no YouTube, com interpretação em Libras, garantindo acessibilidade e ampliando o alcance do festival. Com uma equipe formada majoritariamente por mulheres, pessoas negras, PCDs e LGBTQIAPN+, o Rima Santarém reafirma seu compromisso com a inclusão, diversidade e valorização da arte periférica, consolidando-se como um dos principais movimentos culturais da Amazônia. Três dias de arte e formação A programação começou na quinta-feira (16), com a Oficina de Danças Urbanas, ministrada por Hian Dennis no Samu Class – Meta Fit, explorando o diálogo entre as danças urbanas e a cultura periférica. Na sexta (17), o Teatro Victória recebeu a Roda de Conversa “Os Desafios da Cena do Hip Hop na Amazônia”, com Priscila Castro (Secretária de Cultura), Pedro Alcântara (Comitê de Cultura), Hyan Maniva (bailarino e coreógrafo), Kaipora (MC, rapper e produtora), Kau Silva (idealizadora do Rima Santarém) e Mão no Bolso (MC e campeão estadual do Duelo de MCs 2024). Mais do que um festival, o Rima Santarém 2025 se consolida como um símbolo de resistência e criatividade amazônica, transformando rimas em voz, ritmo em força e arte em futuro. VÍDEOS: mais vistos do g1 Santarém e Região

FONTE: https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2025/10/19/rima-santarem-2025-encerra-com-praca-lotada-e-consagra-o-hip-hop-como-potencia-cultural-da-amazonia.ghtml


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